Luanda - A construção de faixas rodoviárias, da parte exterior do muro de vedação da linha férrea, pode ser a solução técnica viável para impedir que a população continue a colocar o lixo na linha do Caminho de Ferro de Luanda (CFL), defendeu esta quinta-feira o porta-voz da instituição.
O director do Gabinete de Comunicação e Institucional e Imprensa do CFL, Augusto Osório, reagia ao facto de as locomotivas de passageiros do Caminho de Ferro de Luanda terem ficado retidas na quarta-feira, por mais de duas horas, na zona da Estalagem, município de Viana, devido à obstrução da linha férrea por amontoados de lixo.
Em declarações à ANGOP, Augusto Osório disse acreditar que a construção destas faixas, ao longo do corredor ferroviário do Bungo/ Baía, afastaria as casas construídas junto do muro e criaria espaços para a população depositar o lixo e desenvolver as suas actividades normais.
Segundo Augusto Osório, esta solução implicaria a demolição de várias centenas de habitações e o consequente realojamento destas famílias.
A ANGOP constatou que a Empresa de Saneamento e Limpeza de Luanda (ELISAL) começou a limpar hoje a zona da estação de comboio da GAMEK, que limita o município do Cazenga e Viana.
Na quarta-feira (5) a enorme quantidade de lixo depositada sobre a linha férrea na zona do distrito urbano da Estalagem, Viana, forçou a paralisação dos comboios de passageiros na estação da Estalagem.
“ O comboio foi forçado a parar, obrigando os trabalhadores do CFL a retirar o lixo para possibilitar a retorno das viagens. Situações como essa têm sido constantes e obriga sempre a paralisação dos comboios, criando desta forma constrangimentos aos passageiros do CFL”, lamentou.
Augusto Osório apelou à limpeza urgente e permanente ao longo da linha férrea na rota Bungo/Baía, por ser nessas zonas onde se existem maiores quantidades de lixo, depositados por munícipes.
O CFL, inaugurado em 1909, tem uma extensão de 460 quilómetros. Liga a capital do país com às províncias do Cuanza Norte e Malanje.