Ondjiva - A rede de transportes públicos, no casco urbano da cidade de Ondjiva, sede capital da província do Cunene, melhorou substancialmente, com o relançamento esta terça-feira, dos serviços de transporte público.
Na ocasião, a directora do Gabinete dos Transportes, Tráfico e Mobilidade Urbana do Cunene, Geraldina Paredes, disse tratar-se de viaturas já disponíveis no mercado, que reajustaram as rotas inter municipais, para urbanas no sentido de ajudar os alunos, funcionários públicos entre outros utentes.
Segundo a responsável, a intenção é reduzir ou minimizar o número de alunos que são transportados em viaturas estranhas e outros que permanecem na via, devido à falta de transporte público.
Fez saber que a acção resulta de um trabalho conjunto com operadores de transportes, associação de taxistas e o departamento de Trânsito e Segurança Rodoviária, no sentido de colmatar a carência de meios de transporte e reduzir o índice de acidentes, envolvendo moto-taxistas.
Para tal, foram definidas 10 rotas, com seis terminais de passageiros, com destaque para centralidade /Omupanda, centralidade/Onahuama, Ekuma/Onameva/Oshamukuio, via mercado da Alemanha até Onahumba 2, ao preço de 150 Kwanzas.
Por seu turno, o representante da operadora de transporte FA Lumbamba, Daniel Amaral, disse que a operadora colocou autocarros na rota e Ondjiva/Onameva/Onkabada e outro Ekuma, via mercado da Alemanha e Onahumba 2.
Disse que a ideia é trabalhar 24 horas numa primeira fase, no sentido de paulatina devolver o modelo anterior de serviços de táxi em Ondjiva.
Estudantes enaltecem valências dos novos meios
Entretanto, os estudantes do Instituto de Saúde em Ekuma, enalteceram as valências dos novos meios de transportes que, para além de reduzir os custos, vai permitir dar maior dignidade e segurança rodoviária.
Para a estudante do curso de análises clínicas, Leia Jovenal Ndala, disse que a acção vai aliviar os custos, uma vez que, diariamente gastava mil kwanzas de ida e volta até ao Namacunde.
Angelina Shanga, do curso de Fisioterapia, disse que os transportes vão facilitar a movimentação dos estudantes, lembrando que a via encontra-se mal, devido à poeira e vários buracos.
Márcio Santos, igualmente da especialidade de Fisioterapia, indicou que, com a entrada em circulação dos autocarros e Hiace , os alunos deixam de fazer o recurso dos serviços de moto-táxis, que para além de cobrarem preços elevados constitui um risco.
Cláudia Ismael, estudante finalista de Enfermagem, realça que fica para trás um longo período de riscos de acidentes, com motorizadas, assim como a poeira, em tempo seco, e tempo chuvoso muita lama na via.
Lembrar que o acesso a escola era feita única e exclusivamente por motorizadas ou boleia de pessoas de boa fé, que circulam na região.FI/LHE/AC
