Luanda - O ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, anunciou, esta quinta-feira, em Luanda, que o país pretende reduzir em 50 por cento, até 2030, a taxa de sinistralidade rodoviária, por forma a garantir a sustentabilidade económica de Angola.
A taxa de sinistralidade fatal e de ferimentos graves no território nacional, segundo as estatísticas, é de dez mil acidentes rodoviários por ano.
O governante, que falava na Conferência Internacional sobre Sinistralidade e Segurança Rodoviária, afirmou que esta meta representa e evidencia o compromisso do Executivo com o objectivo de desenvolvimento sustentável.
Explicou que a Estratégia Nacional de Prevenção e Segurança Rodoviária, aprovada para o quadriênio 2019/2022, representa um passo fundamental para o estabelecimento de acções concretas.
Realçou que o país está a prestar atenção na qualidade das infraestruturas rodoviárias, definição de padrões dos traçados e pavimentos, bem como a garantia da sua manutenção, adequada sinalização e iluminação.
Ricardo de Abreu defendeu, como imprescindível e prioritário, a necessidade de criação de um sistema de emergência que permita a redução do tempo de socorro às vítimas de acidentes nas estradas.
Falou igualmente da gestão e coordenação da segurança rodoviária que estabelece sistemas de informação integrados para recolha de estatísticas e sua correspondente análise.
Do ponto de vista institucional, disse, criou-se recentemente a Agência Nacional dos Transportes Terrestres, órgão com mais autonomia e independência para a regulação, supervisão e fiscalização em todo país.
Anunciou a aquisição de uma plataforma tecnológica integrada, denominada SITRAGO, que vai ser a principal para gestão, compilação e integração de todos os meios rodoviários existentes e em circulação no território nacional.
Por outro lado, lembrou que foram já aprovados regulamentos importantes sobre a matéria, como o.do Exercício da Actividade de Moto-Táxi, bem como estão em preparação e actualização outros para regularem o transporte colectivo e particular de pessoas e carga.
Durante a conferência, os participantes abordaram, entre outros assuntos "O impacto social e económico da sinistralidade rodoviária", "Perspectivas e desafios dos operadores do sector de transportes" e "Investigação, educação e formação de condutores".