Moçâmedes - Quarenta e cinco quilómetros de estradas asfaltadas estão já concluídos no troço que liga os municípios da Bibala ao Camucuio, dos 95 previstos, informou na quinta-feira o director de Produção da empresa construtora Telhabel, Hugo Ramos.
O responsável disse que neste momento as obras, com um orçamento de 86 milhões de dólares, decorrem sem sobressaltos, estando prevista sua conclusão para Julho de 2024.
Fez saber que a obra contempla a parte de drenagem, estrutura do pavimento e colocação da sinalização de forma a evitar-se acidentes.
A empresa conta com uma mão-de-obra de 220 trabalhadores angolanos.
O ministro das obras públicas, Urbanismo e Habitação, Carlos Alberto dos Santos, que se encontra em visita de trabalho de quatro dias a província do Namibe, mostrou-se satisfeito com o andamento das obras, tendo anunciado a construção de três pontes para o referido troço em 2024.
Trata-se da ponte sobre o rio Tchapi Tchapi e Piramgombe, ambas com 120 metros de cumprimentos, e a do rio Caitou, com 150 metros de cumprimento.
Afirmou que o projecto para construção destas pontes já foi aprovado e as obras terão início no próximo ano, sendo um dos projectos prioritários para o Orçamento Geral de Estado para a província do Namibe neste período.
O projecto está avaliado em quatro milhões de dólares.
Indicou ainda que para a província do Namibe estão em curso a preparação para a intervenção de 600 quilómetros de estrada, designadamente Moçâmedes/Virei, Mocâmedes/Bibala, Moçâmedes/Baia das Pipas, Moçâmedes /Baynes (Tômbwa) e Bibala/Lola.
Na ocasião, o ministro disse também que vai proceder o lançamento do programa de conservação das estradas, numa extensão de pelo menos 250 quilómetros, com prioridade para os troços Moçâmedes/Tômbwa, Moçamedes/ Lubango e o desvio do tchicolongiro/Bibala.
Em relação às infra-estruturas, o governante informou que o país tem mais de 500 edifícios, dos quais 100 apresentam riscos graves.
Apontou que o Lar das Pescas e a Fortaleza de São Fernando, na cidade de Moçâmedes, fazem parte dos edifícios críticos, mas a visão do sector é primeiro constatar “in loco”e avaliar a real dimensão do problema, com uma equipa técnica do Laboratório de Engenharia de Angola.
“No domínio da habitação, a província ganhou duas centralidades, a da Praia Amélia e a do 5 de Abril, mas ainda não é suficiente, pois vamos continuar apostar na autoconstrução dirigida, com a distribuição de terrenos, cabendo ao Estado a colocação de serviços sociais, como energia, água, estrada e outros, sendo que o cidadão e outras pessoas formadas em cooperativas vão construir as suas residências e condomínios”, sublinhou.
De realçar que o ministro visitou a ponte sobre o rio Giraul e Bero, a fábrica de emulsão asfáltica, paralisada há mais de sete anos, o troço Bibala/Lola (obras paralisadas há mais de cinco anos). FA/AC