Cuangar – As obras de reabilitação do troço que liga a comuna do Caiundo (Menongue) à sede municipal do Cuangar, província do Cuando Cubango, na Estrada Nacional 140, poderão retomar em Agosto próximo, treze anos depois da sua paralisação.
Trata-se de uma empreitada de 259 quilómetros, que esteve a cargo das empresas de construção civil Teichmann e o Consórcio Decar, que já receberam quase a totalidade do orçamento, mas abandonaram os trabalhos em 2010.
As obras foram abandonadas com uma execução física na ordem dos 60 por cento. Na altura, faltava apenas a colocação do tapete asfáltico, o que viria melhorar a livre circulação de pessoas e bens para os municípios de Menongue/Cuangar/Calai/Dirico, a sul de Menongue, capital do Cuando Cubango, bem como a melhoria nas trocas comerciais entre Angola e a República da Namíbia.
Em declarações esta terça-feira à imprensa, o engenheiro Leonardo Lasse, representante da empresa BDM Engenharia e Tecnologia, responsável pela elaboração dos estudos de impacto ambiental e do projecto de engenharia para a reabilitação da estrada, disse que a empreitada comporta um total de 147 quilómetros inicialmente.
A mesma vai ligar as regiões do Caiundo/M'balatchavu/ e M’balatchavu/Savate em dois lotes, sendo o primeiro de 50 quilómetros, com um prazo de execução prevista de 18 meses, e o segundo lote de 97 quilómetros, que será executado em 42 meses.
Ao intervir na cerimónia de auscultação pública e apresentação do projecto de construção, o soberano do Cuangar, Kasamane Menorofo, considerou que a estrada facilitará o desenvolvimento da região, com a facilitação das trocas comerciais, bem como encurtar distância com outras localidades.
Acrescentou que, uma vez reabilitada a estrada, haverá redução de custos de transportação, actualmente fixado em 17 mil kwanzas, entre Menongue/Cuangar e vice-versa.
Já o regedor da comuna do Savate, Matias Ndala, a estrada vai facilitar o escoamento de produtos do campo para a cidade e melhorar os níveis de desenvolvimento do município, por ser uma área estratégica de ligação entre Angola e Namíbia.
Em seu entender, as trocas comerciais entre as duas regiões serão intensificadas.
O administrador municipal, Ernesto Cativa, é de opinião que, com a estrada concluída, assistirá ao crescimento do parque industrial e também comercial da municipalidade.
Disse que o município está aberto a receber investidores nas mais variadas áreas de actuação, desde o turismo, hotelaria, agricultura e indústria.MSM/JSV/PLB