Talatona –A Empresa Nacional de Bilhética Integrada (ENBI, SA), entregou hoje (quarta- feira), os primeiros dez passes de acesso aos transportes públicos aos trabalhadores da Empresa de Construção e Engenharia Ramos Ferreira, dando início ao processo corporativo de bilhética integrado, em Luanda.
O carregamento mensal dos passes corporativos está avaliado entre seis a dez mil kwanzas, por cada funcionário e os passes têm que ser validados no autocarro, sendo os créditos descontados de forma automática.
De acordo com o Presidente do Conselho Executivo (PCE) da Empresa Nacional de Bilhética, Mário Nsingui Pedro, este é o pontapé de saída para a criação de um sistema que irá permitir a modernização, o desenvolvimento e a disponibilização para assegurar o sistema de bilhética dos vários operadores.
“A empresa Ramos Ferreira manifestou o interesse de participar no processo e, de momento, já temos 80 colaboradores e 20 empresas, nomeadamente do sector da construção civil, petrolífero e mineiro”, disse.
Informou que em Novembro vai se começar a tratar os passes sociais e que as infraestruturas estão em fase de conclusão para atender a demanda da população.
“Já a partir de segunda-feira (30) vamos montar postos com tendas em vários locais a nível da província para em Novembro atendermos os utentes, sendo que os passes entram logo em funcionamento após serem tratados”.
Conforme Mário Nsingui, para se tratar dos passes, o passageiro deve apenas apresentar o bilhete de identidade e o número de telefone.
Frisou que de momento já foram emitidos por volta de mil passes sociais, sendo que, de momento, estão a ser discutidos com as operadoras um serviço especial, ou seja, horários para transportar estudantes nocturnos.
Explicou que de momento as províncias abrangidas são as de Luanda e Huíla, sendo que em Novembro vai se começar a tratar os passes em Benguela e Cabinda.
Por sua vez, o PCA do grupo Ramos Ferreira, Carla Ferreira, considerou de mais valia a criação de passes para ajudar na locomoção dos funcionários e da população que enfrenta dificuldades de transportes.
"Em muitos países do mundo já foi criado o sistema de passes e Angola não podia estar de fora, o segredo está em acreditar e o governo tem dado o seu contributo neste sentido.
O Sistema Nacional de Bilhética é um mecanismo integrado de cadastramento (presencial ou online) dos passageiros de transportes públicos colectivos, para a emissão de passes sociais (subsidiados), para crianças, estudantes, jovens, pessoas com necessidades especiais, cidadãos de terceira idade e veteranos da pátria, e passes regulares, para o público em geral.
Como benefícios associados ao funcionamento do Sistema Nacional de Bilhética Integrada, destaca-se a dinamização das políticas sociais, maior facilidade e fluidez no embarque de passageiros, alargamento da rede de venda de bilhetes e tarifas electrónicas, com novos canais de venda online e centrais de atendimento.
A Empresa de Construção e Engenharia Ramos Ferreira é uma empresa portuguesa que existe há 42 anos e está no mercado Angolano desde 2010.Giz/JCB.