Luanda - O ministro da Cultura e Turismo, Filipe Silvino de Pina Zau, considera Angola uma atractiva fonte de "Turismo de Memória", sobretudo para afro-americanos e europeus interessados na cultura angolana.
Em declarações à imprensa a propósito do Dia Mundial do Turismo, assinalado dia 27, o governante disse que muitos da diáspora negro-americana e afro-brasileira estão a procura dos seus descendentes e suas identidades reais.
"Existem turistas que vêm em Angola para realizarem turismo de memória, particularmente em Luanda e Benguela, por terem sido os grandes escoadores de escravos para o novo mundo, ou seja, para o continente americano", referiu.
Neste particular, o governante citou a música e dança angolanas como produtos de interesse turístico enorme, uma vez que certos turistas vêm para Angola só para aprenderem os ritmos como kinzomba, semba e kuduro e depois formarem escola no exterior.
E esses turistas quando vêm para Angola, destacou o titular da Cultura e do Turismo, trazem recursos, e estes recursos servem para melhorar a economia e o bem-estar social dos angolanos.
Informou que actualmente o Executivo está a trabalhar na eliminação dos pontos de constrangimento e a ignorar os aspectos que interferem no ambiente de negócios a nível do turismo e também para a vinda do maior número de turistas para o país.
O ministro, que falava após inauguração, do Hotel Continental Horizonte, em Luanda, na quarta-feira, sublinhou que o turismo em Angola está realmente a ressurgir, depois da crise econômica e da COVID-19.
"Este é o momento em que o turismo começa a ter as suas condições para aparecer, visto que o mesmo é sempre consequência de um conjunto de condições, sobretudo de infra-estruturas ao nível do Estado", sublinhou.
Entre outros aspectos, referiu-se à disponibilização de água, energia, melhor saneamento, policiamento, internet, estradas secundárias e quadros formados, como elementos fundamentais para atrair investidores nacionais e estrangeiros para se tornar o turismo mais sólido.
Segundo Filipe Zau, o melhoramento do atendimento e dos serviços, bem como hotéis qualificados já se verifica em quase todo o país, o que estimula maior procura dos turistas.
"Em Angola, temos todas as condições para termos um bom ambiente de turismo. Existem paisagens naturais muito belas, uma cultura deversificada com história extremamente rica e multilinguística", salientou.
Tudo isso, acrescentou, concorre para que realmente o turismo se processa naturalmente, aliado a uma Costa de mais de mil quilómetros (1000Km) de extensão e a gastronomia.
Na ocasião, o ministro recordou que, de Janeiro até ao momento, estiveram igualmente em Angola sete barcos turísticos e comboios, sendo que por agora está-se a implementar vistos de turismo para dinamizar mais a actividade e todo o sector.
ECC/MDS