Moçâmedes – O turismo do Namibe carece de maior atenção, para tirar o potencializar, dadas suas características únicas, onde o destaque recai para o deserto, as planícies, o mar, a diversidade da fauna e da flora, defendeu hoje, segunda-feira, a vice-governadora para área técnica e Infra-estruturas, Ema Samali.
Segundo a responsável que falava na abertura de um fórum promovido pelo BIC e a RNA, com o tema “Turismo, a indústria do futuro, no quadro de uma parceria estratégica da Economia”, o Namibe tem inúmeras potencialidades que encantam qualquer turista nacional e estrangeiro, mas que precisam ser potencializadas.
Disse que este fórum dá um destaque a um sector de importância crucial para a província, pois para além de potenciar, induz ao desenvolvimento de outras actividades e sectores como da cultura, do ambiente, do comércio, da construção e dos transportes.
Destacou ainda algumas potencialidades turísticas da província, como o deserto mais antigo do mundo, a sua costa marítima com 420 quilómetros onde estão 46 praias, com destaque para a das Miragens, Azul, Amélia, Lucira, Bentiaba e muitas outras desertas que permitem a prática de desportos radicais.
O parque do Iona com uma área de 15.150 quilómetros quadrados, com as aguas rápidas do Cunene, quedas de água e animais selvagens, a diversidade e riqueza cultural das comunidades locais são outras riquezas que a vice-governadora indicou.
Aliadas a essas referências, disse Ema Samali, a província tem a possibilidade de desenvolver várias formas de turismo, como o de exclusividade, dadas características da paisagem e a existência dos chamados paraísos remotos, o ecoturismo e o de aventura, que vai desde os desportos terrestres aos aquáticos, assim como o turismo cultural e ainda os retiros.
Ainda assim, apesar de todas as potencialidades turísticas, a vice-governadora frisou que o Namibetem limitações em termos de unidade hoteleiras similares e restauração, que exigem uma resposta diferente dos operadores e dos empreendedores do ramo, pelo que impõem-se a necessidade de expansão desses serviços.
Outra aposta, conforme a responsável, passa pela profissionalização e a integração dos outros sectores envolvidos para o crescimento dessa indústria, pois que o desenvolvimento do turismo não pode ser uma realidade se os financiamentos pelas instituições financeiras forem incipientes.
“ Foi com este propósito que a linha de financiamento do PAC reestruturado do PRODESI, disponibilizou para este sector valores para o desenvolvimento do sector turístico no pais e na província do Namibe em particular”, acrescentou.
O evento promovido pela Rádio Nacional de Angola em parceria com o BIC está inserido no âmbito da estratégia do executivo de promoção da diversificação da economia. FA/MS