Luanda - O desenvolvimento do sector do turismo contribuirá para a valorização do património cultural e a criação de oportunidades de trabalho na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa(CPLP), disse, esta terça-feira, em Luanda, o secretário-executivo da CPLP, Zacarias da Costa.
Ao intervir na abertura da XI reunião dos ministros do Turismo da CPLP, Zacarias Costa destacou que, além da valorização do património cultural, o turismo vai também ajudar na criação de oportunidades de trabalho, nas quais os jovens poderão desenvolver novas capacidades e competências.
O secretário adiantou que conta com o incentivo e contribuição dos estados-membros para reforçar a cooperação comunitária no sector no turismo, conscientes de que é um dos promissores para acelerar o desenvolvimento sustentável e a recuperação mais resistente no pós- Covid-19.
"O turismo pode contribuir de maneira eficaz para a redução da pobreza, abrindo a porta a novas formas de emprego, facilitando o desenvolvimento regional e local e proporcionando um acesso mais generalizado das populações às infra-estruturas básicas", disse.
Como sabem, a CPLP é, na sua fundação, um pacto de amizade e a sua fórmula de construção reside no período da solidariedade na diversidade, fazendo parte do nosso desafio colectivo a construção de sociedades plurais e inclusivas, capazes de proporcionar uma vida digna para os cidadãos.
Por sua vez, o ministro da Cultura, Turismo e Ambiente, Felipe Zau, disse que Angola é um país focado na diversificação das suas fontes de sustentação económica e tem o propósito de alertar o ciclo da excessiva dependência do petróleo.
Referiu que dentre as acções previstas para compor essa diversificação das fontes de receitas, visando o crescimento económico e o bem estar social, Angola conta com o turismo.
"Daí que, este sector, conste, de forma explícita, no plano de desenvolvimento nacional principal instrumento de governação, no período 2018-2022", acrescentou.
O turismo é, comprovadamente, um sector gerador de enormes expectativas para o fornecimento das nossas economias, já que é através do investimento nacional e estrangeiro, que se tornará possível angariar receitas necessárias para os desafios, cada vez maiores.
O ministro fez saber que se tem a plena consciência, que no contexto da actual da economia, as guerras não são benignas, de forma directa ou indirecta a todos afectam e na comunidade, e tem de se encontrar estratégias que em conjunto ajudem a minimizar os seus efeitos.
No encontro foram ainda debatidos, entre outros, a mobilidade nos países membros, questões sobre as perspectivas de colaboração na CPLP para recuperação pós-pandemia, bem como o alargamento da cooperação com observadores associados e organizações internacionais.